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TDAH pode se tornar um problema de saúde crônico

Um extenso estudo americano concluiu que o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) pode se tornar um "problema de saúde crônico" capaz ainda de aumentar o risco de uma criança vir a apresentar outros problemas psiquiátricos ao longo de sua vida. Segundo a pesquisa, o TDAH na infância persiste na vida adulta em quase 30% dos casos. E, além disso, dois terços das pessoas que tiveram o transtorno quando crianças, mesmo que deixem de apresentar o problema, sofrem alguma consequência negativa do TDAH ao se tornarem adultas.

O trabalho, publicado nesta segunda-feira na revista médica Pediatrics, foi desenvolvido no Hospital Infantil de Boston, filiado à Universidade Harvard, em parceria com a Clínica Mayo, ambos nos Estados Unidos. Segundo os autores, trata-se do primeiro estudo em grande escala que olhou para os impactos do TDAH na infância e na vida adulta. A pesquisa analisou os dados de todas as crianças nascidas entre 1977 e 1982 na cidade americana de Rochester, em Minnesota – que, ao todo, foram 5.718 —, e acompanhou essas pessoas até elas terem, em média, 27 anos de idade.

A partir de informações da vida acadêmica e do histórico médico das crianças, os pesquisadores concluíram que, dos 5.718 jovens selecionados para o estudo, 367 tinham TDAH, sendo que 232 participaram de todas as fases da pesquisa. Dessas, 75% receberam tratamento para o transtorno.

Graves danos — Segundo os resultados da pesquisa, 29,3% das pessoas diagnosticadas com TDAH na infância continuaram com o problema ao se tornarem adultas. Delas, 81% apresentaram outro transtorno psiquiátrico até os 27 anos – essa prevalência foi de 47% entre os indivíduos que deixaram de apresentar TDAH quando adultos e de 35% entre um grupo de controle, composto por pessoas que não tiveram TDAH na infância. Entre os distúrbios mais prevalentes estavam abuso e dependência de substâncias tóxicas, transtorno de personalidade antissocial (psicopatia), ansiedade e depressão.

A nova pesquisa ainda revelou que, em uma escala menor, o TDAH na infância também pode aumentar o risco de morte prematura: 1,9% dos participantes (sete em 232 pessoas) com o transtorno morreu antes dos 27 anos, sendo que três deles cometeram suicídio. Essa incidência foi de 0,7% entre os indivíduos que não foram diagnosticados com TDAH quando crianças.

"O nosso estudo mostra que o TDAH é, sim, um problema sério de saúde e que tem impactos importantes em todas as áreas da vida da criança e dos adultos. Esse transtorno não é somente um comportamento irritante das crianças, e eu acho que o TDAH é frequentemente encarado dessa forma", disse ao site de VEJA William Barbaresi, chefe da Divisão de Medicina do Desenvolvimento do Hospital Infantil de Boston e coordenador da pesquisa.

Fonte: Veja.com

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