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Como descartar medicamentos corretamente?

Você se curou da tosse chata com um xarope, mas sobrou meio vidro daquele santo remédio. O que pensa em fazer com o resto dele? Guardar para uma próxima crise? Doar para um vizinho ou parente? Despejar no sistema de esgoto? "Não se deve descartar nenhum medicamento no lixo comum, nem no vaso sanitário, pois os mesmos são compostos de substâncias químicas que colocam em risco a saúde de crianças ou pessoas carentes que possam reutilizá-los, além da contaminação da água e do solo", explica a farmacêutica Endy Dórea. Ela conta que já trabalhou em uma grande rede de drogarias no Estado da Bahia cujos medicamentos vencidos retornavam para a central de distribuição. Esta, por sua vez, os encaminhava para uma empresa especializada em transporte e incineração desse tipo de resíduo.

Ampolas, seringas, agulhas e frascos de vidro danificados devem ser entregues à farmácia em uma sacola diferente daquela que contém restos de remédios

Responsabilidade compartilhada

Embora o exemplo citado seja uma prática consolidada entre as empresas do setor farmacêutico, ela não conta com a participação daquele que deve ser o maior interessado no assunto: o consumidor. Uma pesquisa realizada com 1009 paulistanos no ano de 2005, pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas e Bioquímicas Oswaldo Cruz (SP), revelou que 92,5% dos entrevistados nunca perguntaram como fazer o descarte de produtos farmacêuticos de forma correta, apesar de 63,3% deles reconhecerem o elevado risco de jogá-los fora indiscriminadamente. No entanto, essa realidade está mudando: associações e empresas da indústria e do comércio farmacêuticos, assim como instituições de coleta seletiva, com apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), discutem o melhor modo de concretizar um programa integrado de logística reversa.

Enquanto isso não ocorre, iniciativas privadas promovem programas de conscientização e informação para o consumidor final, investindo em coletores específicos nos pontos de venda de medicamentos e divulgando os programas. "A responsabilidade tem de ser compartilhada ao longo da cadeia de resíduos: fabricante, distribuidor, comerciante e consumidor. Todos são responsáveis, cada qual com sua parte", ressalta Rita Emmerich, engenheira química e representante da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP).

As embalagens dos medicamentos não devem ser reaproveitadas para o armazenamento de outras substâncias de consumo devido à potencial contaminação residual

Como fazer a separação

É necessário tratar medicamentos e objetos perfurocortantes de modo distinto dos demais resíduos em sua casa. Contudo, não se preocupe em colocar a pomada aqui, o frasco de pílulas acolá, a cartela de comprimidos em outro lugar. O importante, mesmo, é diferenciar o que pode machucar quem irá manusear seu lixo daquilo que está protegido por uma embalagem. Sendo assim, ampolas, seringas, agulhas e frascos de vidro danificados devem ser entregues à farmácia em uma sacola diferente daquela que contém os demais produtos, como restos de remédios e itens fora do prazo de validade. Se a loja não disponibilizar coletores com as devidas separações, informe a quem receber de suas mãos o que cada sacola contém. "A forma mais correta de tratamento desse material seria a incineração em máquinas preparadas para esse fim, ou seja, com todos os aparatos para não poluir o meio ambiente", explica Rita.

E as embalagens?

Nada de usar potinhos de remédios para guardar moedas, temperos... "As embalagens dos medicamentos não devem ser reaproveitadas para o armazenamento de outras substâncias de consumo devido à potencial contaminação residual. As embalagens secundárias (como caixas de papelão, por exemplo) podem ser recicladas", alerta Dórea. Mas a reciclagem fica a cargo das empresas gestoras de resíduos. Na dúvida, leve tudo junto para a farmácia, sem fazer distinção entre o que é reciclável ou não. Especialistas farão isso por você.

Remediando o problema

Acompanhe o exemplo do Sigre (Sistema Integrado de Gerenciamento de Lixo), um programa de logística de descarte de produtos farmacêuticos feito pelo Governo Espanhol, que serve de modelo para todo o mundo desde 2002 e tem adesão de 100% das farmácias do país

Fonte: Revista Viva Saúde

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